Quem se descobre disposto a perdoar uma traição em geral vive um drama emocional. Afinal, perdoar implica passar a limpo a história de vida com o parceiro e a própria história. Um dos maiores desafios, então, é rever os próprios conceitos e até a auto-imagem. Muitas vezes a pessoa que deseja perdoar sente-se traída pela própria cabeça. Acha-se fraca, boba, enganada por si mesma, comportando-se de modo contrário ao que sempre disse e em que acreditou.
Novos casais costumam selar "contratos verbais" do tipo "eu suporto tudo, menos traição!" É uma forma de se prevenir quanto ao problema ou um desejo de que, caso ocorra, o traído tenha uma postura firme e abandone o traidor. Na prática, muitas vezes não funciona. Só vivendo a experiência para saber o que fazer.
Quando ocorre, muitos traídos xingam, fazem escândalo, expulsam o parceiro ou a parceira, arrumam as malas e vão embora. No entanto, quando baixa a poeira, em especial se amam o parceiro traidor, podem vir o arrependimento e o desejo de recomeçar. Por que não?
Quando ocorre, muitos traídos xingam, fazem escândalo, expulsam o parceiro ou a parceira, arrumam as malas e vão embora. No entanto, quando baixa a poeira, em especial se amam o parceiro traidor, podem vir o arrependimento e o desejo de recomeçar. Por que não?
Nem sempre uma traição significa mesmo o fim de tudo, embora, na hora da descoberta, até pareça. Perdoar pode ser uma demonstração de força interna e de capacidade de reformulação. Não se trata de "empurrar a relação com a barriga", claro, nem de perdoar indistintamente. É preciso avaliar cada caso. Porém, há que se cuidar para não cair em uma rigidez emocional e atrapalhar a avaliação do quadro. Frases do tipo "os homens são todos iguais" e "as mulheres são todas iguais" são típicas de quem quer acreditar que todos passarão pelo mesmo inferno. Na verdade,é só uma forma de aliviar a dor da solidão.